segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Artigo: Fatores Sociais Urbanos Influenciam a Esquizofrenia

 

A esquizofrenia é mais comum em áreas urbanas. Imagem de Franco Filini.

Publicado em 23/12/2012 por Gina Putt

Quando alguém é descrito como “esquizofrênico”, você imagina um sem-teto em uma cidade? Uma investigação sobre os fatores sociais que afetam as taxas de esquizofrenia, ou “psicoses não afetivas”, mostrou que a imagem não é apenas na sua cabeça: Pessoas que vivem sem vínculos sociais em densas áreas urbanas são realmente mais susceptíveis a serem esquizofrênicos, de acordo com uma pesquisa realizada em East London pelo Dr. James B. Kirkbride e colegas. Mas por quê?

Separação Étnica Aumenta o Risco de Psicoses

Kirkbride usou sofisticadas análises estatísticas para determinar se áreas de East London incluíam comunidades etnicamente separadas. O estudo descobriu que as pessoas se saiam melhor se elas viviam em áreas onde outros membros de seu grupo étnico também viviam; ter ao redor outras pessoas com a mesma formação, religião e tradições diminui o risco de psicoses.

Psicoses Não Afetivas: Aglomeração é um Fator de Risco

Viver em condições de aglomeração está associado a um aumento do risco de psicoses não afetivas. Kirkbride teoriza que o risco pode ser devido à natureza transitória das interações sociais em áreas congestionadas. Em seu artigo publicado no Schizophrenia Bulletin em 2012, Kirkbride especula que “ambientes mais densos podem servir para aumentar idéias paranóides através da exposição de pessoas suscetíveis à psicose a um maior número de indivíduos desconhecidos.”

Fonte: decodedscience.com


domingo, 30 de dezembro de 2012

Arquivo: Maconha pode antecipar sintomas de esquizofrenia

Apesar de antiga, o conteúdo da notícia não deixa de ser interessante.

Original publicado em 01/12/2005 18:18

Um estudo realizado por especialistas do Hospital Psiquiátrico de Aarhus, na Dinamarca, afirma que quase 50% dos pacientes que apresentam distúrbios mentais relacionados ao consumo de maconha desenvolvem uma forma de esquizofrenia.

A pesquisa, publicada no British Journal of Psychiatry, comparou o quadro clínico de pessoas com esquizofrenia provocada pela maconha com aquelas que apresentam condições esquizofrênicas sem consumir a droga, segundo a BBC.

Os médicos dinamarqueses acompanharam 535 pacientes durante três anos e compararam os resultados ao quadro de outros 2.721 pacientes esquizofrênicos sem histórico de complicações influenciadas pela maconha.

Os pacientes que consumiam a droga e se tornaram esquizofrênicos apresentaram os primeiros sintomas aos 24,6 anos em média, contra uma média de 30,7 anos para os que não fumavam maconha.

Entre as mulheres, as que tiveram problemas potencializados pela maconha mostraram sintomas de esquizofrenia em média aos 28,9 anos, contra 33,1 anos da média das restantes.

Mikkel Arendt, que liderou a equipe de pesquisadores, ressaltou que o estudo não afirma que a maconha seja causadora da esquizofrenia. De acordo com os pesquisadores, existem outros fatores determinantes para o aparecimento dos distúrbios, como predisposição hereditária, consumo de outras drogas ou condições sócioeconômicas. Mas, segundo eles, os resultados sugerem que a droga possa acelerar o avanço da doença.

Fonte: noticias.terra.com.br

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

T.O. - Atividade: Cultivar planta

 

Uma das minhas atividades de T.O. (Terapia Ocupacional) é cultivar uma planta. Plantei a muda em uma das sessões, e ela vem evoluindo bem.


28/12/2012


16/09/2012

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Visões da Esquizofrenia

 

Título: Embroidered Schizophrenia

Um paciente esquizofrênico do “Glore Psychiatric Museum” fez este bordado e nos permite dar uma espiada em sua mente.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Estigma: Cervejaria brasileira Skol ofende esquizofrênicos em rede nacional.

Em seu novo comercial “Enfermidades”, de 30 segundos e veiculação nacional na TV aberta brasileira, a cervejaria “Skol”, da multinacional Ambev, comete sério estigma social contra os esquizofrênicos.

No comercial, que se propõe a mostrar “enfermidades típicas do verão”, é feito trocadilhos com nomes de doenças reais. Numa das cenas, o narrador anuncia: “Skolzofrenia” e em seguida aparece um indivíduo com metade do rosto com barba, e o outro não, e onde é dito: “Tá maluco, maluco.”, entre outras coisas. “Skolzofrenia” é uma clara alusão à “Esquizofrenia”, mas a equipe de criação comete o freqüente erro, de confundir “Esquizofrenia” com “Transtorno dissociativo de identidade”, transtorno onde acontecem as múltiplas personalidades, ao contrário da “Esquizofrenia”.

Se a equipe de criação tivesse feito uma breve consulta à Wikipedia, teria lido em bom português, que “Apesar da etimologia do termo, a esquizofrenia não implica uma cisão do eu ou em transtorno de personalidade múltipla (conhecido atualmente como transtorno dissociativo de identidade), uma condição com a qual é frequentemente confundida, na percepção do público.” além de “Segundo a OMS atinge cerca de 1% (da população mundial), sendo mais comum nos países de terceiro mundo.”.

Sim, a Skol está ofendendo uma “minoria” de quase dois milhões de pessoas, somente no Brasil.

E o comercial vai mais longe. Numa cena de apenas meio segundo, o que levantam suspeitas de propaganda subliminar, exibe um indivíduo arrancando a parte superior do biquíni de uma mulher, com a boca e em público, enquanto o narrador diz “Skolzofrenia”. É visível que a mulher está sendo vítima de agressão sexual, pois além da expressão do rosto, ela esconde com uma das mãos os seios nus, e com a outra tenta puxar o biquíni que está na boca do individuo. Propaganda subliminar? Incentivo à violência sexual?

A Ambev, empresa do grupo Anheuser-Busch InBev, possui em seu portfólio marcas internacionais de cerveja, como Budweiser, Franziskaner Weissbier, Hoegaarden, Leffe, Quilmes e Stella Artois, além das marcas brasileiras Antarctica, Bohemia, Brahma e Skol, entre outras.

A criação do comercial é de um grupo de premiados publicitários: Eduardo Lima, Pedro Prado e Rodrigo Castellari, da agência “F/Nazca Saatchi & Saatchi”. O “Head of Art”, função em que se deve, entre outras coisas, analisar se não há nenhum tipo de conteúdo na peça que possa ser entendido como motivo de preconceito, é João Linneu.

O vídeo do comercial no Youtube, já teve mais de um milhão de visualizações (25/12/2012 19:00), e tal comercial será a principal comunicação da marca até o carnaval.

Finalizando, faço o seguinte questionamento: Se o estigma fosse contra um “afro descendente” ou um “indivíduo de orientação homossexual”, ao invés de um “doente mental”, a opinião pública seria também tão tolerante?

Este é o grito silencioso de um esquizofrênico, contra uma gigante multinacional.

“Skolzofrênico”

João Linneu, "Head of Art" responsável pelo comercial.

Eduardo Lima, Pedro Prado e Rodrigo Castellari, equipe de criação do comercial, em entrega de prêmio internacional, em Londres.

Jorge Mastroizi, Maria Fernanda Albuquerque e Pedro Earp, executivos da Ambev responsáveis pela aprovação do comercial.

Artigo sobre o comercial no site da "F/Nazca Saatchi & Saatchi".

Matéria sobre o comercial no site do "meio&mensagem", conceituado jornal com informações do meio publicitário.

Links:

Vídeo oficial do comercial no Youtube;

Vídeo do comercial no site da “F/Nazca Saatchi & Saatchi”;

Imagem: Artigo sobre o comercial no site da “F/Nazca Saatchi & Saatchi”;

Imagem: Matéria sobre o comercial no site do “meio&mensagem”, conceituado jornal com informações do meio publicitário;

Mensagem subliminar” na Wikipédia;

Esquizofrenia” na Wikipédia;

Estigma social” na Wikipédia;

Transtorno de personalidade múltipla” na Wikipédia;

Transtorno dissociativo de identidade” na Wikipédia;

O que é um Head of Art no site “O que é?”.






segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Mensagem de Fim de Ano


Desejo primeiro que você ame,

E que amando, também seja amado.

E que se não for, seja breve em esquecer.

E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim,

Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,

Que mesmo maus e inconseqüentes,

Sejam corajosos e fiéis,

E que pelo menos num deles

Você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim,

Desejo ainda que você tenha inimigos.

Nem muitos, nem poucos,

Mas na medida exata para que, algumas vezes,

Você se interpele a respeito

De suas próprias certezas.

E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,

Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,

Mas não insubstituível.

E que nos maus momentos,

Quando não restar mais nada,

Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,

Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,

Mas com os que erram muito e irremediavelmente,

E que fazendo bom uso dessa tolerância,

Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,

Não amadureça depressa demais,

E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer

E que sendo velho, não se dedique ao desespero.

Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e

É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,

Não o ano todo, mas apenas um dia.

Mas que nesse dia descubra

Que o riso diário é bom,

O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,

Com o máximo de urgência,

Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,

Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,

Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro

Erguer triunfante o seu canto matinal

Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,

Por mais minúscula que seja,

E acompanhe o seu crescimento,

Para que você saiba de quantas

Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,

Porque é preciso ser prático.

E que pelo menos uma vez por ano

Coloque um pouco dele

Na sua frente e diga “Isso é meu”,

Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,

Por ele e por você,

Mas que se morrer, você possa chorar

Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,

Tenha uma boa mulher,

E que sendo mulher,

Tenha um bom homem

E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,

E quando estiverem exaustos e sorridentes,

Ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,

Não tenho mais nada a te desejar.

Desejos - Victor Hugo